segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Reino Unido Põe Fim Ao Horário Rígido E Ao Escritório Fixo

Na terra da rainha, 94% das empresas já são adeptas à flexibilidade, com horários alternativos e trabalho remoto, diz Institute of Leadership & Management (ILM)

São Paulo - Se você já "bateu ponto" algum dia, comece a pensar em abandonar a prática. O trabalho em horário fixo e dentro do escritório é coisa do passado. Ao menos no Reino Unido, berço do modelo industrial de gestão, a prática já ficou para trás em 94% das empresas. 

É o que indica a pesquisa “Trabalho Flexível: Adeus 9h às 5h”, do Institute of Leadership & Management (ILM). O levantamento, feito com 1026 gestores, mostra que essa flexibilidade já é uma realidade na terra da rainha.

O que eles entendem por flexibilidade já anda na pauta das empresas brasileiras há tempos: trabalho remoto, horário flexível, compartilhamento de tarefas e possibilidades de atuação em meio período. 

Dos entrevistados, 82% acham que esse tipo de mobilidade gera benefícios para os novos negócios, uma vez que percebem ganhos de produtividade nos seus subordinados. Entretanto, apenas 73% têm aval e apoio da alta diretoria para adotar as práticas.

Lá - como cá - ainda existem as tais “barreiras culturais siginficativas”, como menciona o estudo. Comentários depreciativos contra colegas de trabalho que usufruem de home office ou horário alternativo são comuns para 31% dos entrevistados. Para um quinto, uma decisão como essa poderia “limitar” a carreira na organização.

Habilidades

Embora o estilo de gestão já dê sinais claros de mudança, para o ILM, os líderes não tiveram de enfrentar grandes desafios no que tange suas habilidades. “As habilidades centrais para liderar times flexíveis são as mesmas necessárias para trabalhar e conduzir de forma eficiente em qualquer infraestrutura”, diz o estudo.

A comunicação é vista pelos entrevistados como elemento-chave para o bom funcionamento da prática – 88% deles veem essa habilidade como necessária. A capacidade de dar instruções claras é valorizada por 87% dos gestores, bem como suas habilidades com planejamento. 


Por: Bárbara Ladeia - Revista Exame