sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Ansiedade Sob Controle

O que é ansiedade


Santir ansiedade é normal e necessário. Esse estado emocional serve para proteger a pessoa de perigos imediatos: fugir de um assaltante, por exemplo, ou atravessar uma avenida movimentada. Porém, a ansiedade em excesso e incontrolável, assim como outros estados correlatos, como o medo e o pânico, causam sofrimento, incapacitação e, a longo prazo, doença.
Transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de pânico e fobia social são três dos principais transtornos de ansiedade.



Transtorno de ansiedade generalizada (TGA)


O que é: preocupação excessiva e incontrolável, em que a pessoa é tomada por uma sucessão de pensamentos catastróficos, que se encadeiam uns nos outros. Sintomas físicos: dores generalizadas, inquietudes, sobressaltos, irritabilidade, muita dor muscular e, claro, a pessoa não dorme de tanto pensar.


Transtorno de pânico


O que é: crises súbitas de pânico que duram dez minutos e provocam sudorese, tontura, falta de ar, vontade de ir ao banheiro, náuseas... Os sintomas fazem a pessoa acreditar que está morrendo. A expectativa da próxima crise causa tanta tensão que a leva a evitar as situações em que ter o pânico possa ser perigoso ou constrangedor, como andar de avião ou sentar no banco traseiro do carro. Em casos extremos, a pessoa fica sem sair de casa durante anos.


Fobia social


O que é: sofrimento causado pela exposição pública. A incapacidade pode ser simplesmente falar em público ou, mais do que isso, receber crítica, fazer crítica, pedir informação na rua, paquerar ou até trocar roupa numa loja.
O índice de suicídio em fóbicos sociais é maior do que entre portadores de depressão.


Rumo à depressão


Transtorno de ansiedade generalizada aumenta de três a seis vezes o risco de depressão. De todos os casos de depressão, um em cada cinco surge como depressão primária; os demais aparecem em pessoas que vivem com TGA há uma década ou mais e não buscam tratamento.


Fobia social e mulheres


O transtorno está associado à destruição das carreiras, pois incapacita a pessoa a se expor. É duas a quatro vezes mais comum entre mulheres. Pode surgir na fase adulta, mas é raro. A doença tem início na adolescência. Se não for tratada, acompanha a pessoa até a terceira idade.


FONTE: entrevista com o médico psiquiatra Márcio Bernik, coordenador do Ambulartório de Ansiedade (Amban), do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo. Momento Saúde - Itaú Unibanco