terça-feira, 21 de junho de 2011

O que as empresas querem dos jovens?

Que o bom profissional precisa ter conhecimento técnico, estar alinhado às competências comportamentais valorizadas pelo mercado e antenado nas tecnologias e tendências na área de atuação você já sabe. Agora as empresas querem mais dos jovens recém-formados. É o que aponta uma pesquisa realizada em 20 países (incluindo o Brasil) pela consultoria alemã Trendence, publicada recentemente na revista Época.
Segundo o estudo, além de todos os requisitos exigidos pelo mercado, daqui em diante a geração high tech deve ter "personalidade". O fator foi considerado mais importante que "competências" (saber prático) e "conhecimento" (teórico). O Brasil está em terceiro lugar no quesito "personalidade".
A pesquisa traz outros dados. Dentre os 20 países participantes o Brasil aparece em primeiro no item "mostrar flexibilidade" (70%) e em terceiro na opção "ser capaz de atuar em equipe" (76%).
Ainda de acordo com o levantamento, entre as 19 qualidades necessárias para o sucesso as empresas brasileiras consideram mais importantes: liderança e habilidade para tomar decisões e ética. Visão holística e espírito empreendedor também foram apontados como características essenciais.
"As relações de trabalho mudaram, e o mercado aponta para uma crescente valorização das característicascomportamentais", diz Paula Souto Sanches, analista de carreira da Veris Faculdades, do Grupo Ibmec Educacional. Segundo Paula, as mudanças são puxadas pelo acesso à universidade e pela competitividade do mercado.
"Nas últimas etapas de um processo seletivo observamos que os candidatos possuem praticamente o mesmo nível técnico. Daí a necessidade de o profissional desenvolver suas características comportamentais como diferencial em um mundo cada vez mais competitivo."

Adolescentes enfrentam desafios globais sem precedentes

Adolescentes em todo o mundo têm pela frente desafios considerados sem precedentes, como um cenário econômico internacional incerto, altas taxas de desemprego entre jovens, aumento do número e da intensidade de crises humanitárias e conflitos, mudanças climáticas e degradação ambiental, além da rápida urbanização.
A conclusão é do relatório Situação Mundial da Infância 2011 Adolescência: Uma Fase de Oportunidades, divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O documento, ao levar em consideração que esses desafios devem se agravar na próxima década, defende a ampliação da oferta de habilidades e de conhecimentos necessários aos adolescentes para que enfrentem essas situações.
Outros riscos listados pelo órgão que podem impedir o desenvolvimento de capacidades na transição para a vida adulta incluem a falta de oportunidades educacionais e profissionais; mortes violentas; relações sexuais precoces desprotegidas; HIV/aids e trabalho infantil.
Entre as áreas consideradas chave para o avanço em investimentos nesta faixa etária, o Unicef destacou: coleta e análise de dados; educação e capacitação; participação; criação de um ambiente que ofereça proteção e apoio; e resolução de desafios relacionados com a pobreza e a iniquidade.
O relatório indica que proporcionar a todos os adolescentes as ferramentas de que precisam para melhorar a vida será um fator que irá contribuir para a promoção de uma geração de cidadãos economicamente independentes, atuantes na sociedade e capazes de contribuir ativamente para a promoção de melhorias nas comunidades.

Recém-formados precisam melhorar os seguintes pontos:

A pesquisa da Trendence revela também que os jovens precisam melhorar os seguintes pontos:
1º falta de experiência profissional e conhecimento prático;
2º baixa capacidade de adaptação ao ambiente de trabalho;
3º habilidades sociais, atitude e etiqueta no trabalho.
Fábia Barros, gerente de desenvolvimento da Foco Talentos, afirma que a melhor forma de aprender a usar a personalidade a favor da carreira e de adequar o comportamento à realidade do universo corporativo é participando de projetos profissionais ainda durante a formação universitária. "É preciso sair da mesmice da faculdade, envolver-se em trabalhos voluntários, empresas juniores, estágios, realizar cursos complementares."
Segundo Fábia, identificar modelos de lideranças e trocar experiências com estes e outros profissionais da área são, da mesma maneira, importantes para começar bem a carreira. "Ative o networking desde já", recomenda.
FONTE: RHPortal.com.br