sexta-feira, 19 de outubro de 2012

10 dicas para caprichar no seu perfil profissional

Cada vez mais o currículo será substituído por perfis profissionais em redes sociais. Primeiro porque as empresas tem aumentado qualitativamente seus investimentos em social recruiting, pois sabem que os talentos estão na web, em comunidades especializadas e é assim que fazem seus networks. Segundo, porque as redes sociais permitem uma visão muito mais abrangente do candidato. Quais são seus temas seu interesse, sua relação familiar, relacionamento com amigos e assim por diante. Essa já é uma prática realizada por milhares de RHs nos Estados Unidos e a tendência é que no Brasil essa estratégia de recrutamento seja implantada em pouco tempo.
 Ou seja, em algum momento um recrutador pode estar de olho em seu nome no serviço de busca do Google, no Facebook e nas redes profissionais, como por exemplo, o BeKnown. Mas não queremos dizer com isso que você deve entrar num clima Big Brother, de sentir-se “espiado” o tempo todo e por isso mesmo, perder sua espontaneidade com os amigos. Se você não tem do que se envergonhar na sua vida pessoal, não há porque se preocupar. Basta gerenciar seus conteúdos nas redes certas. Separamos dez dicas bem preciosas para construir uma imagem profissional equilibrada e positiva nas redes sociais para empregadores sem perder sua atuação em outros níveis de sua vida.

1 – Conheça bem a plataforma que você vai usar. Cada uma delas possui uma reputação, uma “cara” no mercado social. Algumas são mais associadas ao empreendedorismo e à inovação. Outras ao networking, à partilha de conhecimento de sua área profissional e assim por diante. Algumas têm como foco única e exclusivamente a publicação de imagens, como é o caso do Instagram e do Pinterest. Conhecendo bem o perfil de seus usuários, suas ferramentas, você aproveitará muito mais seus recursos e para apresentar-se adequadamente e não parecer um peixe fora d’água na rede errada.

2 – Não seja afoito para coletar retornos profissionais rapidamente. Você pode passar a imagem de desespero ou de um carreirista egocêntrico. O grande barato é saber expor tudo o que você faz ou fez de bom profissionalmente. Mostrar links de seus projetos, artigos publicados, blog, sites, atuações acadêmicas ou em eventos corporativos. Se você tem o que mostrar, não é preciso “pedir” emprego a ninguém. Vá construindo seu network, adicionando pessoas de seu interesse e alimentando sua rede com conteúdos da sua área profissional. Tome cuidado para não ser invasivo.

3 – Personalize todas as suas comunicações em rede. Chame as pessoas pelo nome para que elas se sintam prestigiadas e com um tratamento diferenciado. Se você só se comunica de forma massiva com todos, sem distinção, é provável que em pouco tempo as pessoas sintam-se usadas apenas para fazer volume à sua rede. Prestigie os conteúdos postados por colegas de trabalho e se acreditar que são relevantes, ajude a compartilhar. Pessoas que utilizam a rede em mão única, postando apenas o que é de interesse próprio são vistas como “predadoras”, o que é muito negativo. Procure ter sempre uma postura colaborativa.

4 – Depois de sedimentar sua imagem, postar conteúdos, seus projetos e experiência profissional, vá atrás das conexões de seu interesse. Seja simplesmente… honesto. Para novos relacionamentos, explique o “porquê” do seu pedido de conexão com essa pessoa em particular. Apresente seu interesse, que a conheceu em um determinado seminário ou sabe que ela trabalhou em uma empresa que é de seu interesse. Mostre o que você tem em comum, seja gentil e honesto.

5 – Algumas pessoas deixam seu perfil público, outras, fechados. E há quem realmente não se importe em misturar tudo e sabem lidar bem com isso: amigos de longa data com pessoas que conheceu outro dia; parentes e ex-chefes. Antes de pedir para ser adicionado, perceba qual é o estilo dela para não criar constrangimento. Para evitar gafes, o melhor é, se você tem apenas uma relação profissional, conectar-se somente em redes estritamente profissionais. Se a pessoa com quem você uma conexão é mais extrovertida, pública, aberta, vá em frente. O barato é ser sensível.

6 – Evite clichês e frases feitas na sua comunicação profissional. Enaltecer a própria trajetória, comparar-se à grandes pensadores e dizer o que já está mais do que dito, não o diferencia nas redes profissionais. Ao contrário, o deixa mais vulgar. Seja parcimonioso ao divulgar e compartilhar frases de autoajuda ou de autoestima. Pega muito mal coisas do tipo: “Falar de mim é fácil, difícil é ser eu”, “Sua inveja faz a minha fama”, “meu maior defeito é que sou perfeccionista” dentre outras frases desse gênero. Recadinhos e indiretas anônimos também demonstram imaturidade.

7 – Respeite o tempo do outro, seja objetivo. Afinal ele ficou escasso para todo mundo. Ganhamos na velocidade de informação, mas também nos tornamos mais conectados, mais ambiciosos (no melhor sentido) e por isso mesmo, nem sempre dá para fazer aquele chat tranquilo. Quando seu interesse for conexões pra realizar negócios ou alçar um novo emprego, procure ser objetivo sem ser ríspido. Depois do “oi”, “tudo bem”, “e a família”, pergunte se a pessoa dispõe de um minuto para atendê-lo. E coloque sua necessidade. Todo mundo vai entender sua objetividade.

8 – Crie situações off line. Sempre que possível, tente encontrar com as pessoas de sua comunidade profissional pessoalmente. Por mais bacana que seja sua rede ou sua experiência profissional, um aperto de mão, uma conversa com olhos nos olhos estreitam muito mais as relações. Frequente seminários, feiras de negócios, eventos acadêmicos e convide as pessoas da sua rede para criar esse espaço de interação mais presencial.

9 – Por mais tentador que seja, naquele momento de depressão, de fim de relacionamento amoroso, aguente firme e não desabafe na rede. Você vai se arrepender depois! Questões pessoais, só com amigos íntimos, em mensagens privadas ou naquele boteco que tem o barman mais paciente do mundo!

10 – A forma de se expressar nas redes também deve ser observada. Ok, no twitter você só tem 140 caracteres, então abreviações do “internetês” são reconhecidas com uma necessidade. Mas nada de escrever “aki”, “iço”, para economizar um caractere. A Língua Portuguesa não merece. Procure escrever corretamente sempre, em todos os canais de mídias sociais.