segunda-feira, 28 de maio de 2012

O Cliente Interno Existe?


Qual é a diferença entre funcionários, colaboradores e clientes interno? E a diferença de departamento pessoal e gestão de pessoas? Muitos acreditam que a diferença está apenas nas nomenclaturas, mas existe sim uma diferença conceitual e comportamental através desses nomes que foram tomando forma cada vez mais humanizada com o correr dos anos.

Entre as décadas de 50 a 80, obviamente com as devidas exceções, o cliente interno era visto e tratado apenas como mão de obra subordinada. Os chefes eram autocráticos, com poder centralizado e completamente fechado a novas ideias, quem dirá ideias vindas de quem deveria apenas obedecer e não opinar. No final dos anos 80 para cá, a acessibilidade a especializações e maiores conhecimentos cresceu e o comportamento humano iniciou uma continua onda de mudanças.


As pessoas começaram a sentir uma grande necessidade de serem valorizadas pelo o que eram como indivíduos vivos e pensantes e foi aí que as empresas se viram obrigadas a fazer algo capaz de reter seus colaboradores (agora vistos como peças chave para o desempenho da companhia), aproveitar toda vitalidade e conhecimentos oriundos dos próprios para o crescimento da organização e usar disso como uma grande e forte característica competitiva no mercado.


O RH, que antes era apenas o responsável pelas causas trabalhistas e folhas de pagamento, se transformou no setor de Gestão de Pessoas com diversas ramificações e subdivisões para melhor suprir as necessidades dos colaboradores, seja de treinamentos, capacitações, benefícios e até mesmo para elaborar ações motivacionais, valorizando cada vez o cliente interno.


Pois bem, depois dessa breve introdução, poderíamos ficar contentes e esperançosos que todas as empresas nos tratarão como chave de ouro para o sucesso dos negócios, mas a história não é tão bonita como deveria ser.


Para empresas mais tradicionais, mudar toda a forma de empreender, liderar e fazer acontecer é realmente um passo doloroso a se dar. Há empresas que ainda acham que funcionários estão em seus cargos apenas para fazer a companhia “funcionar” (de forma mecânica), funcionários precisam obedecer e executar. O termo COLABORAR não existe, CLIENTE INTERNO muito menos. Já pagam um salário referente aos serviços prestados, então para que investir em conforto, segurança, praticidade, satisfação?


Infelizmente muitas empresas ainda não conseguem enxergar seus funcionários como parte fundamental do crescimento empresarial, não conseguem associar que o cuidado que o colaborador recebe é o cuidado destinado aos resultados finais da empresa, seja ele positivo ou negativo. Por mais que hoje a atenção dada a esse assunto cresceu de forma significante, ainda existe quem prefira conduzir os negócios desconsiderando a importância do bem estar do cliente interno.


Além do capital inicial, capital de giro, capital de recursos, as empresas precisam urgentemente investir em capital intelectual. Dizer que há uma atenção e cuidado especial com os colaboradores está na moda, mas as ações precisam sair do papel e tomar um formato mais presente. Colocar um sofá na área de descanso, desejar feliz aniversário no contracheque não são suficientes. Invista de modo real no Endomarketing, abuse da boa comunicação interna, saia do comodismo tradicional e permita que seu colaborador faça parte efetiva do crescimento de seus negócios. O mercado está aquecido, há empresas que já perceberam que o cliente interno é o termômetro do bom andamento, ou vai preferir perder seus melhores clientes – internos e externos – para a concorrência?


POR: Mariana MelissaFonte:ideiademarketing.com.br