terça-feira, 18 de outubro de 2011

Inteligência Emocional no trabalho


Diante da nova realidade competitiva e do crescente nível de exigência do mercado de trabalho atual, torna-se inevitável a aplicação da inteligência emocional para a obtenção da satisfação pessoal no trabalho.

A inteligência emocional tem importância fundamental na atividade laborativa, e dela dependem muito o sucesso e a sobrevivência de uma pessoa no mercado profissional. As emoções quando são adequadamente controladas permitem uma boa produtividade, um bom relacionamento e bem-estar, e são também capazes de gerar mais lealdade e compromisso com o trabalho.

A orientação moderna para o sucesso profissional pressupõe que os indivíduos saibam criar condições onde se sintam seguros, motivados, satisfeitos e confortáveis para enfrentar os desafios requeridos por suas realizações pessoais frente ao mesmo. A inteligência emocional está relacionada com o uso inteligente das emoções, inclusive nos aspectos relacionados ao trabalho. Afinal, para efetuá-lo, uma pessoa é envolvida em todos os seus aspectos, inclusive psicológicos. Dessa maneira, as emoções inevitavelmente interferem na maneira do indivíduo executá-lo, contribuindo tanto para a satisfação quanto para a insatisfação. São muitas as situações em que a inteligência emocional pode ser aplicada no trabalho, como desde as resoluções de problemas operacionais, até o atrito de opiniões diversas durante uma reunião com o líder.

Esta Inteligência aplicada às atividades laborativas é fundamental para a realização pessoal e profissional, uma vez que a falta da capacidade para lidar com as próprias emoções pode destruir vidas e acabar com carreiras profissionais. A realização e a satisfação no trabalho são alguns dos principais fatores geradores dos sentimentos de felicidade e bem-estar.

Controlar as emoções significa algo bastante diferente de sufocá-las, pois se compreendendo o contexto emocional que se está inserido o indivíduo pode colocar em ação o controle de suas emoções a seu favor, de forma a provocar a satisfação pessoal no desenvolvimento das suas atividades profissionais.

Manter-se consciente dos próprios sentimentos, permanecendo atento ao que se está sentindo, também é uma aptidão emocional básica que auxilia o desenvolvimento da integridade e leva a pessoa a descobrir satisfação no trabalho. Igualmente importante é saber sintonizar-se com os sentimentos daqueles com quem se relaciona no ambiente profissional, uma vez que, se não for capaz de avaliar a qualidade e intensidade dos próprios sentimentos, a pessoa não poderá definir até que ponto esses sentimentos o estão a influenciar e aos que estão à sua volta. Além do mais, estando consciente do próprio estado emocional poderá também estar em sintonia com o estado emocional daqueles que o cercam, interagindo assim eficazmente com eles.

O conhecimento da inteligência emocional no trabalho é de grande relevância pelas exigências do mercado atual, afinal parece que está existindo, de fato, uma mudança social e estrutural aos níveis dos valores no ambiente de trabalho, implicando na própria maneira de se trabalhar, e isto incluiu o indivíduo com suas realizações e satisfações pessoais. Acrescento ainda que a inteligência emocional demonstra que o ser humano é o verdadeiro diferencial no mercado profissional, e para que ele possa utilizar todo o seu talento interno, as emoções precisam ter um espaço garantido, através de seu uso inteligente.

A satisfação no trabalho não possui um caminho único para ser alcançado, mas tem que existir a necessidade humana de cada um desvendar seu conceito particular de satisfação e descobrir posturas e escolhas que resultem em satisfação no trabalho. Entretanto, o uso da inteligência emocional favorece a satisfação pessoal do individuo no trabalho, no sentido de que o uso inteligente das emoções trabalha como um suporte para uma interação entre a vida psíquica e o próprio sistema de valor dos indivíduos em relação ao mesmo, evidenciando a integração entre o estado psicológico do trabalhador e a sua satisfação no ambiente de trabalho.

Autor:Fernanda Schröder Gonçalves
Psicóloga,BA em Gestão Estratégica de Pessoas.