quinta-feira, 19 de junho de 2014

A abordagem da liderança “tamanho único”: por que dar tratamento igual se as pessoas são diferentes?

De vez em quando, eu ouvia que tinha que tratar as pessoas de maneira igual, sem fazer distinção entre elas.
É uma percepção coerente, e independente da religião, da cor da pele, do time de futebol ou da orientação política, a noção de respeito é o que prevalece para cada ser humano. Depois de um tempo, comecei a questionar essa maneira de tratar as pessoas e, quando intensifiquei minhas atividades como professor, percebi a falta de eficácia ao me relacionar com algumas pessoas. Não estou dizendo que devemos fazer diferenciação das pessoas pelos aspectos acima relacionados, ou até por outros, mas devemos, antes de tudo, entender a particularidade do indivíduo, ou seja: as pessoas são diferentes!

Como buscar ensinar um determinado conteúdo e esperar bons resultados se cada aluno tem uma dinâmica para aprender e fazer associação? Essa pergunta vem me provocando e, a cada dia revejo como cumpro meu papel enquanto docente.

Se levarmos para a realidade do mercado do trabalho está lógica vivenciada na sala de aula por mim, poderemos perceber com mais exatidão o impacto de um líder que exerce seu papel da mesma maneira para cada profissional – na abordagem da liderança “tamanho único”. Cada profissional é diferente do outro, mas alguns líderes adotam basicamente a mesma abordagem para todos os membros da sua equipe, com o objetivo de ter menos trabalho e buscar mais tranquilamente os bons resultados. Será que funciona? Tem funcionário criativo, analítico, outro mais qualificado, mas que se distrai facilmente…e outro, ainda, que tem muito entusiasmo, mas pouca experiência. Darei o mesmo tratamento para todos? Você concordará comigo que não.

Aqueles que respondem bem a liderança “tamanho único” parecem oferecer um rendimento excelente, ao passo que os que respondem mal têm rendimento insatisfatório. Quem você acredita que será responsabilizado pelo não aparecimento dos bons resultados?

Então, quer dizer que o líder deve ficar extremamente íntimo dos membros de sua equipe? Não, nem muito menos fazer todas as suas vontades. O que o líder precisa fazer é identificar como aquela pessoa é no trabalho e assim descobrir que características fazem aquele ser. Desta forma, existe uma maior probabilidade de, em uma conversa (feedback), o líder passar informações mais claras e orientações mais bem definidas para melhorar a conduta. Observe:

É necessário deixar as metas bem claras para cada pessoa. “O que você precisa obter dela?”;
Tenha sempre em mente o que pode dar errado se não liderar (orientar e explicar a razão) um funcionário;
Tenha a consciência de que as razões da liderança para cada pessoa mudará com o tempo, pelo simples fato que provavelmente ela se desenvolverá no trabalho.

Cada pessoa tem um nível de motivação para o trabalho, e esse nível de motivação é alterado através de diversos estímulos. Na compreensão destes estímulos, os líderes podem deixar dos moldes da liderança “tamanho único” para revelar o potencial que tem para o relacionamento e ajudar seus funcionários a trabalhar orientados para resultados. “As pessoas são plurais e as diferenças entre elas são o que as tornam fantásticas e únicas”. Pense bem!

Livro de referência para o texto: “Não tenha medo de ser chefe – como combater a epidemia de subgerenciamento e se tornar o líder que sua equipe precisa”. Autor Bruce Tulgan